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Dia 1º de Abril

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Amamentar = Amar

Em comemoração a Semana Mundial da Amamentação, resolvemos escrever um artigo sobre o tema, para informar nossos leitores sobre a importância desse gesto tão simples e tão importante.

             Gesto de amor hoje em dia é difícil em todos os aspectos. As pessoas estão distantes uma das outras, o modo de vida atual da sociedade propicia muito isso. E nesse cenário de correria e compromissos, as mulheres teriam tempo para amamentar seus filhos?
            As mulheres modernas são muitas em uma só, ao mesmo tempo são mães, donas de casa e trabalhadoras, são muitas obrigações e pouco tempo, o que muitas vezes acaba atrapalhando o bom desenvolvimento dos seus principais bens, os filhos.
            Amamentar, hoje em dia, é muito mais que alimentar o bebê, é um gesto de amor, pois além de favorecer e aumentar o vínculo entre mãe e filho proporciona benefícios na vida do bebê, que irão fazer diferença sempre. Mas a forma de vida torna a amamentação um desafio para a maioria das mulheres. Em um país em desenvolvimento como o Brasil, qualidade de vida, infelizmente, ainda não é prioridade, e isso prejudica a saúde da população em todos os sentidos.

            A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o aleitamento materno exclusivo seja mantido até os seis meses de idade da criança, a partir de quando é necessária a introdução de alimentos complementares, em conjunto com a amamentação até os 24 meses.

            O leite humano é o alimento ideal para o bebê que acabou de chegar, pois em sua composição encontram-se benefícios nutricionais, que nenhum outro leite é capaz de suprir, e também somente o leite humano apresenta benefícios para o sistema imunológico. Além disso, o aleitamento cria um vínculo entre mãe e filho, causando um efeito psicossocial positivo, que refletirá durante a vida inteira. A composição do leite humano não é igual para todas as mulheres, existe uma variação de mãe para mãe, variando também do período de lactação e até durante as horas do dia. Mas não existe “leite fraco”, a qualidade do leite materno é essencial para o bebê, e se o pequeno quer mamar toda hora é por que a digestão do leite humano é bem mais rápida que a do leite de vaca, por isso não existe necessidade de acrescentar outras formulas até os seis meses.
            A criança que recebe o aleitamento tem benefícios como: proteção contra infecções (pneumonia, otite média, infestações parasitárias); proteção contra alergias; estimulação adequada do desenvolvimento maxilofacial ; prevenção contra cáries; adequado desenvolvimento intelectual, psíquico e acuidade visual; favorece a relação mãe e filho; beneficia a saúde materna e prepara o bebê para receber a alimentação complementar.
            Mas como as mães que trabalham podem beneficiar seus filhos durante os seis meses somente com o aleitamento materno? Segundo o Ministério do Trabalho a Licença maternidade (ou licença-gestante) é benefício de caráter previdenciário, introduzido pela CF de 1998 (art.7º, XVIII), que consiste em conceder, à mulher que deu à luz, licença remunerada de 120 dias. Diante disso, cabe perguntar, se o Ministério da Saúde e a OMS recomendam amamentação exclusiva durante os seis (06) primeiros meses de vida, por que somente os 120 dias são assegurados por lei? Será que os governantes sabem os benefícios do aleitamento materno para a criança e para a mãe? Como vimos, são muitos benefícios, que se pensados e analisados, evitariam muitos gastos com saúde, somente por esse período essencial para uma boa manutenção de uma vida saudável.  
            O Brasil precisa avançar em muitas coisas, e vamos torcer para que a licença maternidade seja mudada e com isso beneficiar a mais sincera forma de amor que existe, que é o amor de mãe e filho. Apesar dos desafios, ame seu filho, lhe proporcione saúde, todos ganham com isso. Amamente!
(Ruth Barrêto – Graduanda do 8º período de Nutrição - FAESF)

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