Em comemoração a Semana Mundial da Amamentação, resolvemos escrever um artigo sobre o tema, para informar nossos leitores sobre a importância desse gesto tão simples e tão importante.
Gesto
de amor hoje em dia é difícil em todos os aspectos. As pessoas estão distantes
uma das outras, o modo de vida atual da sociedade propicia muito isso. E nesse
cenário de correria e compromissos, as mulheres teriam tempo para amamentar
seus filhos?
As mulheres modernas são muitas em
uma só, ao mesmo tempo são mães, donas de casa e trabalhadoras, são muitas
obrigações e pouco tempo, o que muitas vezes acaba atrapalhando o bom
desenvolvimento dos seus principais bens, os filhos.
Amamentar, hoje em dia, é muito mais
que alimentar o bebê, é um gesto de amor, pois além de favorecer e aumentar o
vínculo entre mãe e filho proporciona benefícios na vida do bebê, que irão
fazer diferença sempre. Mas a forma de vida torna a amamentação um desafio para
a maioria das mulheres. Em um país em desenvolvimento como o Brasil, qualidade
de vida, infelizmente, ainda não é prioridade, e isso prejudica a saúde da
população em todos os sentidos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
recomenda que o aleitamento materno exclusivo seja mantido até os seis meses de
idade da criança, a partir de quando é necessária a introdução de alimentos
complementares, em conjunto com a amamentação até os 24 meses.
O leite humano é o alimento ideal
para o bebê que acabou de chegar, pois em sua composição encontram-se
benefícios nutricionais, que nenhum outro leite é capaz de suprir, e também
somente o leite humano apresenta benefícios para o sistema imunológico. Além
disso, o aleitamento cria um vínculo entre mãe e filho, causando um efeito
psicossocial positivo, que refletirá durante a vida inteira. A composição do
leite humano não é igual para todas as mulheres, existe uma variação de mãe
para mãe, variando também do período de lactação e até durante as horas do dia.
Mas não existe “leite fraco”, a qualidade do leite materno é essencial para o
bebê, e se o pequeno quer mamar toda hora é por que a digestão do leite humano
é bem mais rápida que a do leite de vaca, por isso não existe necessidade de
acrescentar outras formulas até os seis meses.
A criança que recebe o aleitamento
tem benefícios como: proteção contra infecções (pneumonia, otite média,
infestações parasitárias); proteção contra alergias; estimulação adequada do
desenvolvimento maxilofacial ; prevenção contra cáries; adequado
desenvolvimento intelectual, psíquico e acuidade visual; favorece a relação mãe
e filho; beneficia a saúde materna e prepara o bebê para receber a alimentação
complementar.
Mas como as mães que trabalham podem
beneficiar seus filhos durante os seis meses somente com o aleitamento materno?
Segundo o Ministério do Trabalho a Licença maternidade (ou licença-gestante) é
benefício de caráter previdenciário, introduzido pela CF de 1998 (art.7º, XVIII), que consiste em conceder, à mulher que deu à
luz, licença remunerada de 120 dias. Diante disso, cabe perguntar, se o
Ministério da Saúde e a OMS recomendam amamentação exclusiva durante os seis
(06) primeiros meses de vida, por que somente os 120 dias são assegurados por
lei? Será que os governantes sabem os benefícios do aleitamento materno para a
criança e para a mãe? Como vimos, são muitos benefícios, que se pensados e
analisados, evitariam muitos gastos com saúde, somente por esse período
essencial para uma boa manutenção de uma vida saudável.
O Brasil precisa avançar em muitas
coisas, e vamos torcer para que a licença maternidade seja mudada e com isso
beneficiar a mais sincera forma de amor que existe, que é o amor de mãe e
filho. Apesar dos desafios, ame seu filho, lhe proporcione saúde, todos ganham
com isso. Amamente!
(Ruth Barrêto – Graduanda
do 8º período de Nutrição - FAESF)
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