Samuel Barreto - Poeta |
Neste último dia do ano não quero aqui fazer um balanço daquilo que fiz, do que não fiz e aquilo que sonhei fazer. Quero somente poder viver com alegria este momento, que muitas vezes nos tomar de uma maneira muito tristonha. Estava pensando como tanta gente leva a serio como vai entrar o ano. As pessoas vão às lojas escolherem as roupas nas cores devidas que lhe tragam sorte, e, isso é tão forte para muitos, que a divisão se dá assim: quem quer dinheiro veste amarelo; quem quer esperança durante o ano veste verde; quem sonha com paz, fica de branco e assim vai...
Nunca tomei este tipo de atitude com medida certa para minha vida, afinal sempre fui de vestir a roupa que esteja na frente e não importa o seu estado, sendo que esta esteja limpa aí já é de bom tamanho. Estava casa hoje pela manhã e ouvi o meu querido irmão José de Sá Barrêto concedendo uma entrevista para uma emissora de rádio da cidade Pedreiras e na oportunidade este fazia um balanço do ano e das ações do “Fóruns e Redes”- que é um grupo da sociedade civil organizada que luta contra a corrupção, e na ocasião este citava o descaso com a coisa pública e lamentava a fragilidade das nossas instituições no que diz respeito fazer valer a lei no combate a traça cruel que alimenta os corruptos, que é o constante desvios de verbas de tantos gestores. Mas uma coisa ele citou durante o bate papo que muito me tocou, quando o mesmo falou: “a passagem de ano para muitos nesta noite de hoje será muito fria e vazia, já que em milhares de mesas faltarão o pão de cada dia e de cada noite, e a culpa é justamente a ausência do Estado de direito que sempre vem negando a cidadania de milhões”- com esta fala me dei por satisfeito e fiquei orgulhoso da consciência humana que habita o coração do meu irmão. Acrescento ainda a participação do Jaime que faz parte dos “Fóruns e Redes” e é um combativo militante.
Bem que eu poderia ter encerrado o ano com uma poesia, algo que me acompanhou durante estes últimos doze meses e com uma boa produção, mas me veio esta minha sempre vontade de falar as coisas de forma alongada e ir juntando uma conversa na outra até que possa expressar a minha visão dentro de outras visões e poder afirmar que uma coisa está sempre ligada a outra coisa, formando assim este longo tecido de compartilhar a dor e a euforia de viver.
Durante o ano de 2015 tive algumas conquistas, além de comprar e ganhar vários livros de muita importância, tais como: “Casa Grande e Senzala, Geografia e dos Mitos Brasileiros, Manoel da Conceição – sobrevivente do Brasil, Cento e noventa poema para Maria Firmina dos Reis, sendo dos autores: Gilberto Freyre, Câmara Cascudo, Adalberto Franklin e o último uma seleção de vários autores, destaco Ana Néres Pessoa para saudar os demais. Mas um livro que me foi dado como presente de natalino muito me agradou que foi “Canções” de Mario Quintana, ali contendo três livros do mesmo autor dentro de um só livro, que maravilha! E o livro agora está sempre na minha companhia. Valeu Franck e Sara pela escolha certa. Quero neste ano que se aproxima a galope, poder fazer escolhas certas com a mesma esperança de sempre.
Samuel Barrêto
Autor de Versos Cinzentos – Editora Ética
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