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Dia 1º de Abril

terça-feira, 7 de julho de 2015

A Cultura da Mitologia - Com a Palavra Padre José Ribamar Gomes

         


           O MUNDO CLÁSSICO,  LITERATURA GREGA

Pe. José Ribamar Gomes - Filólogo e Teólogo
Irei colaborar neste blog desde de uma perspectiva filológica dos mitos gregos, ou seja, minha pretensão é mostrar que os mitos não foram coisas do passado de uma civilização bem distante e diferente da nossa. Os mitos são atuais e sobrevivem nas palavras que usamos no dia a dia, exemplo: Nike, arco-íris, Via - Láctea etc. Todas estas palavras e outras mais têm sua origem em algum mito grego.

Primeiro apresento uma breve biografia: Sou Jose de Ribamar Gomes, nascido em Alto de Areia 2. Tenho o bacharelato em Teologia pela Universidade pontifícia de Salamanca  y por esta mesma Universidade sou licenciado em Filologia Clássica Trilíngue: Latim, grego e hebraico e estou terminando o mestrado em Teologia Bíblica. Atualmente estou morando em Salamanca, cidade onde viveu e foi professor o fundador do Direito Internacional, Francisco de Vitoria.

Agradeço imensamente ao Sandro Vagner  por sua cordial acolhida  permitindo-me a escrever em seu blog. Das portas que bati esta foi a única que se abriu de forma humilde e acolhedora.

Usarei a filologia porque esta  é uma ciência que nos permite navegar em vários mares do conhecimento e, esta se ocupa da analises exaustiva da linguagem, de cada palavra em concreto. Quero levar aos leitores de Pedreiras e outras localidades um pouco de conhecimento sobre dois grande mundos fundadores da nossa cultura ocidental: o mundo grego com seus mitos, deuses e heróis e o mundo latino com seus grandes clássicos  da politica e da retórica. Os primeiros artigos serão de caráter introdutório, tentarei ser leve nas definições e claro ao expor cada temática que merece ser estudada sobre o mundo clássico. 

Aristóteles - Filosofo
Aristóteles, filosofo grego do século IV a. C., disse e explicou que o homem por ser um ser  político-social usava a linguagem. Mostra claramente que existe uma interdependência entre sociabilidade e linguagem. O nosso filosofo não fala de qualquer linguagem, mas da racional, porque o homem não somente fala, senão que pensa e discorre sobre o que pensou, ou seja, a linguagem é para comunicar e raciocinar, por isso o homem começou contando mitos e terminou filosofando. Em sua obra sobre a metafisica, Aristóteles afirma que quem é amigo dos mitos é também filosofo, porque ao sentir-se perplexo e admirar-se do que conta os mitos, começa a raciocinar.

Nossa pretensão aqui será de mostrar  que o mito é um tipo de linguagem especial que não obedece aos critérios da ciência logica, senão que é mais natural que esta  e que é mais natural que a linguagem cientifica, pois nele impera a analogia que é o mecanismo básico de toda linguagem. Um mito em grego, em principio, não é mais  que um discurso narrativo, uma historia. 

Prometeu e Hefesto
Foi com Xenofonte e Platão que se começou uma critica negativa aos mitos, entretanto o grande sofista, Protágoras, expõem seu pensamento racional em forma de mito, quando fala sobre a origem do homem, da sociedade e da vida politica. O mito de Protágoras fala sobre Prometeu que roubou o fogo de Hefesto e deu aos homens,  para indicar que é justamente esta chispa divina que separa o homem do animal irracional  e com a qual o ser humano cria as artes e a cultura.

Hermes
O homem artista e culto nasce do fogo que lhes foi dado por Prometeu e o homem politico nasce quando Zeus envia a Hermes em forma de Justiça e Respeito. Em resumem, o mito, como linguagem, ensina, entretém, exorta, comove e aporta um importante reforço da coesão cultural. A estabilidade de uma sociedade depende da linguagem, dos costumes e dos mitos compartidos por seus membros.

Zeus
Tenho pesquisado sobre os mitos na Bíblia e a Bíblia nos mitos, uma leitura bíblico-tipológica dos mitos, fazendo uma relação entre Eva e Pandora, o sacrifício de Isaac e o de Ifigênia, Ulisses como imagem de Cristo e Prometeu acorrentado e a criação de Adão e Eva. Espero apresentar aqui a analises de dois mitos: Édipo Rei e Helena de Troia. Por ultimo convido você leitor a escutar a belíssima e inteligente musica de Zé Ramalho, “Os doze Trabalhos de Hércules”.

José de Ribamar Gomes , Salamanca -  Espanha


Filólogo e Teólogo  

Um comentário:

  1. Muito bom .
    Aguardarei as próximas postagem e acompanhar esses estudos

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