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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Rio Mearim: O Retrato do Abandono e da Devastação

Local conhecido com cachoeira - Só lixo e pedra
 
Abundante em décadas passadas o rio Mearim, nos dias de hoje, é simplesmente o retrato do descaso, do abandono, e por que não dizer, o maior lixão a céu aberto, principalmente nas cidades que são banhadas por ele.
 
Em Pedreiras, a situação desse caudaloso, que ainda tenta lutar para sobreviver, é alvo de todo tipo de lixo, desmatamento, e retirada de areia de forma desordenada. O mais impressionante, é saber que, o mesmo homem que deveria preservá-lo, é o mesmo que aos poucos vai o matado.
 
 
 
Hoje, não podemos mais adjetivar a cidade de Pedreiras como: A cidade do Surubim, do Líro, do Mandubé, ou do mais popular; "a terra do peixe". É impressionante como todos se "preocupam", mas poucos cuidam desse patrimônio dado por Deus. As estrondosas audiências públicas, com participações de diversas autoridades, que nos auspiciosos pronunciamentos tudo é muito simples de resolver, e parece que em pouco tempo a solução em tempo recorde aparece como um passe de mágica, mas o "pirlimpimpim" fica mesmo na fantasia.
 
Todos os dias somos apanhados de surpresas, ou não, por notícias sobre seca em alguns estados do nosso Brasil, local, que água em abundância não existe mais, mas mesmo assim ou ouvidos parecem entupidos, e a voz qaue poderia alertar sobre essa situação que pode chegar em qualquer lugar do mundo, emudence!
 
Tudo já foi submerso
 
Já ouvimos muito, várias pessoas se pronunciarem. "Vamos explorar o Rio Mearim". Até que vão mesmo, mas é como nos proununciamos anteriormente, fica apenas no papael, e às vezes nas lindas fotos, que são tiradas de ângulos diferentes causando uma ideia, que está tudo bem! Mas, na prática, é tudo diferente, desigual, desolador e triste.
 
O tráfego fluvial nos dias de hoje, somente por pequenas ou peso adequado de embarcações, para não encalhar nos bancos de areia, que aparecem devido a mão maldosa do homem. Os mais antigos parecem até que esqueceram os dias de glória que presenciaram com suas flutuantes embarcações que traziam todo o produto de outros estados, e não esquecendo do ouro do Brasil, o algodão, que também foi trajeto através do nosso velho Rio Mearim. Ás vezes essas recordações podem até ajudar a conscientizar os destruidores, que não tiveram esse privilégio de ver ao longo das margens os mais diversos comércios que sobreviviam graças ao trafégo fluvial, por onde o nosso progresso aportava por aqui.
 
Não adianta ficarmos aqui nos impressionando com as glórias que nossos antepassados viveram, seria mais importante seguirmos as lições que foram deixadas por eles, que com certeza, assim conservadas, não estaríamos hoje, aqui, lamentando, e na maioria das vezes, o pouco que ainda podemos fazer para ajudar a preservar o nosso Mearim, torna-se gigante. Tente isso.
 
Reflorestamento, limpeza diária às suas margens já seria um bom começo! Mas perguntamos, quem será o primeiro a dar esse passo que poderá ser seguido por muitos? Tudo tem um começo, e se não houver esse primeiro, é melhor pensar que, futuramente os nossos netos, bisnetos, tataranetos não terão  o prazer de banhar nessas águas, que apesar de contaminadas pela sujeira, trás alegria para muitos, e bom mesmo seria felicitar a todos, esse todo, que também deveria se preocupar com o presente.
 
É possível preservá-lo
No próximo domingo, será comemorado o dia do Rio Mearim, uma Lei que foi criada pelo Ex-Deputado Estadual Kleber Branco. Mesmo com sua individualidade, teve a preocupação de deixar para todos essa lembrança em letras, que o rio Mearim precisa sim ser preservado todos os dias.
 
Água é vida, é saúde. Sem o nosso rio Mearim, também morreremos aos poucos com ele e não percebemos.
 
Preserve. Faça sua parte. Deus já fez a Dele.


Redação: Sandro Vagner
Fotos: Ribinha da FM


Um comentário:

  1. Poucos tem a preocupação e sobretudo a responsabilidade pela sustentbilidade do rio. Todos nós temos a responsabilidade, mas cabe aos gestores municipais uma parcela muito grande, sobretudo quando autorizam construções irregulares em APP, desmatamento e falta de planejamento das cidades que não dispõe de infraestrutura adequada de saneamento básico, como esgotos tratados e disposição adequada de resíduos sólidos.

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