Autor de crime bárbaro em Pedreiras foi solto a pedido de uma das vítimas

Antônio Carlos - durante negociação
em conversa com a TV Mirante

O homem suspeito de ter executado a ex-namorada, Maria Nilde da Silva, 32 anos, durante a madrugada desta quinta-feira (13), em Pedreiras, interior do Maranhão, após mantê-la sob cárcere privado por mais de cinco horas, já esteve preso 30 dias atrás pelo mesmo crime. Há uma semana Antônio Carlos da Conceição, de 41 anos, obteve a liberdade provisória a pedido de Maria Nilde.

A confirmação veio do presidente da Associação dos Magistrados do estado, Gervásio dos Santos. Ele afirmou que Antônio preenchia todos os critérios exigidos por lei, apesar de ter atentado contra a vida da ex-namorada anteriormente.

No entanto, a liberdade só veio com o pedido de Maria, que insistiu na obtenção do habeas corpus feito pelo advogado de Antônio. Maria chegou a dizer, segundo a Justiça, que Antônio estaria sofrendo muito e que iria se tratar na cidade de Coroatá. Mas não foi o que aconteceu. Ele voltou aPedreiras e, nesta madrugada, assassinou Maria Nilde e se matou em seguida.

“O réu reunia todas as condições para obter a liberdade provisória, até porque havia a indicação de que ele estava em depressão e de que ele seria tratado de maneira adequada. Ela (Maria Nilde) foi até o cartório e fez essa solicitação, inclusive certificada nos autos”, explicou.

A Justiça também explicou que não havia nenhuma medida protetiva para Maria Nilde e que Antônio Carlos havia se comprometido a ir morar com a família na cidade de Coroatá, onde deveria fazer tratamento psiquiátrico.

Antes do sequestro, por ciúme, Antônio matou o mototaxista Carlos Humberto, de 26 anos, quando o viu conversando com a ex-namorada em uma praça na noite de quarta-feira (12). Na ocasião, ele também atirou em Lucas Taimesson, afilhado de Maria Nilde, que foi alvejado no braço e fingiu estar morto.

fonte: g1.maranhao.com