Duque de Caxias - Patrono do Exército Brasileiro |
No Brasil, aos 25 dias do mês de agosto, comemora-se o Dia do Soldado. Essa comemoração faz referência à data de nascimento de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nascido em 1803. O renomado oficial foi considerado o patrono do Exército Brasileiro e, pela honra desse título, o Dia do Soldado constitui-se como uma homenagem ao seu nascimento.
Luís Alves nasceu em uma fazenda da
então Capitania do Rio de Janeiro. Era herdeiro de uma família da
aristocracia militar portuguesa. Seu pai serviu ao exército português no
Brasil, que, à época do nascimento do futuro duque, em 1803, estava na
iminência de um choque contra as forças napoleônicas na Europa, o que
resultaria na mudança da família real portuguesa para o Brasil. A vinda
da família real para o Brasil, a elevação do país à categoria de Reino
Unido e a futura independência, em 1822, transformaram a vida de Luís
Alves.
Quando o Brasil tornou-se independente e adotou o modelo imperial de governo, sob a liderança de D. Pedro I,
as forças militares também começaram a passar por uma transformação e
associaram-se à figura do imperador brasileiro e às novas instituições
criadas sob a égide da Constituição Imperial de 1824.
Anos mais tarde, sobretudo no Período Regencial, quando, a partir do
ano de 1838, começaram a estourar várias revoltas de teor separatista no
Brasil, o Duque de Caxias já era um oficial respeitado e conseguiu uma
enorme projeção por comandar exitosamente a dissipação de várias dessas
revoltas.
Nesse período, especificamente no ano de 1841, Caxias recebeu seu primeiro título nobiliárquico, o de Barão de Caxias,
que faz referência à cidade maranhense de Caxias, onde o exército
imperial conseguiu uma de suas mais célebres vitórias. Ao longo do
Segundo Reinado, Caxias teve a sua posição de nobre elevada para conde,
marquês e, por fim, duque.
Além disso, Caxias foi senador do
Império pelo Rio Grande do Sul, província para a qual também foi nomeado
por Dom Pedro II comandante-em-chefe do Exército em operações. Nas
fronteiras do Sul do país, a partir de 1852, Caxias esteve à frente das
represálias contra as investidas de Argentina e Uruguai ao Brasil. Ao
lado de outros comandantes célebres, como o general Osório, o Duque conseguiu grandes vitórias sobre as tropas do ditador paraguaio Solano Lopez entre os anos de 1866 e 1868, naquela que foi a maior guerra já vista na América do Sul, a Guerra do Paraguai.
Caxias faleceu em 1878 e até hoje sua
memória é lembrada não apenas no Dia do Soldado, mas também em vários
rituais e cerimônias do Exército Brasileiro, com o uso de uma réplica do
seu espadim pelos oficiais formados na Academia Militar das Agulhas Negras.
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