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sexta-feira, 17 de julho de 2015

O Canto da Poesia


  
    Virtude

O que diria do mar, sobre mar? Nada ou quase nada, ando muito enjoado com tanta coisa dita de maneira velada para se esconder uma verdade e se tentar implantar uma verdade para quem quer ser o dono da verdade, vedando os olhos e a consciência das pessoas com uma imensa corrente de mentiras, e o pior de tudo isso é que esta mentira, não é uma mentira pouca e muito menos mentira igual a pulo de grilo, mas que isso tem colocado muito grilo na cabeça de muita gente, ah! Isso tem. O negócio anda tão sério que tem gente vendendo delação premiada a qualquer custo e ao um preço tão barato, igualmente bolo solado em final de festa.

Alguém até poderia perguntar, o que o mar tem haver com tudo isso? O mar é dono da verdade? É o supremo da mentira? Não uma coisa e nem outra e muito menos vai salgar esta truculenta ação para tentar livrá-la de apodrecer nos corredores das circunstâncias. Dizer que alguém é ladrão, criminoso ou um manipulador de fatos é muito fácil, o difícil é sustentar esta ou aquela história com provas comprobatórias e com elementos suficientes para fazer valer uma verdade e deixar a mentira cair por terra, mas só que isso é muito difícil, ainda mais quando o jogo de interesses é bem maior do que a credibilidade da verdade.

Hoje em dia mais nada me assusta, quando o tema é galgar posição, mesmo que a confortável subida possa lhe causar um prejuízo histórico do ponto de vista de uma personalidade que foi construída ao longo de varias décadas. Outra coisinha que não suporto é este discurso enfadonho de “paz e amor”, melhor mesmo era batiza esta falsa retidão de: “eu quero é me dá bem”, não importando que se for por uma boa barganha, alguns vão comer o diabo vivo tentando saciar uma barriga vazia da mais infinita necessidade.

Qual é mesmo o prato mais frio que se come de uma segunda pra terça? Outra pergunta que vai ficar no vácuo, torrando as bases da boa verdade e alicerçando a mentira de um parlamento que deseja retornar para as trevas da crueldade, dando ao povo mais circo do que pão.

O pior de tudo isso é observar muita gente tentar embarcar no imenso navio da mentira velada, não tendo medo de se afogar nas profundezas de um sombrio mar que não para de tragar gente, já que os donos da “verdade” estão protegidos nos submarinhos construídos com o suor do povo. Não gosto de ouvir certas frases que dão conotação lacunar da vala comum que sempre foi imposta pelo colonialismo selvagem. E o mais letal e cruel, é que muitas vezes alguém chega a defender tal tese e com tanta segurança, que começa a pensar que é verdade, não sabendo este, que a verdade tão protegida, é simplesmente a mentira do desengano.

“Navegar é preciso”, mas não podemos navegar numa geleira capaz de sufocar a nossa mais sublime das nossas virtudes humanas, que é a nossa liberdade.

Samuel Barrêto
É autor do livro: Versos Cinzentos

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